𝐈 𝐀𝐋𝐑𝐄𝐀𝐃𝐘 𝐂𝐇𝐎𝐒𝐄 | a Tanner Buchanan fanfic - 1. let's eat pizza (2023)

 

Pov: Charly May

AI. MEU. DEUS. Eu tĂŽ surtando, falta menos de um mĂȘs pra minha formatura, fui hoje atĂ© a costureira pegar meu vestido lilĂĄs (que aliĂĄs Ă© minha cor preferida junto com o verde oliva, eu sei, elas nĂŁo combinam muito entĂŁo eu tinha duas opçÔes, parecer uma azeitona ou a Olivia Rodrigo no baile, acho meio Ăłbvia qual foi a minha escolha), eu nem acredito que no prĂłximo ano nĂŁo vou mais conviver com as piadinhas idiotas do Oggie e do Mason, aqueles dois me tiram do sĂ©rio, por mais que bem de vez em quando eles sejam engraçados (nĂŁo deixe que eles escutem isso, o ego dos dois jĂĄ Ă© bastante elevado e eu nĂŁo preciso de mais essa chateação no meu atual estado, obrigada). Enfim, depois que passei na costureira fui em casa deixar meu vestido lindo sĂŁo e salvo no meu armĂĄrio e parti para a minha aula de KaratĂȘ, estava quase pegando faixa roxa e os exames eram daqui a menos de uma semana, como se nĂŁo bastasse a pressĂŁo da formatura e as inevitĂĄveis perguntas "E a faculdade? "VocĂȘ vai pra Duke cursar direito, nĂŁo Ă©?". Mas tirando toda essa coisa do exame de faixa, o KaratĂȘ me ajudava a relaxar e extravasar meus nervos, no final das contas, era a Ășnica parte onde eu me sentia eu mesma.

Eu sempre quis ser atriz e seguir para o lado das artes, mas nunca tive o apoio de ninguém ao meu redor, meus pais sempre contaram comigo para ser advogada pois acreditam que eu tenho o poder de argumentação necessårio para tal, e desde que essa história começou eu nunca tive coragem de dar contra os pensamentos deles, então a coisa só foi tomando proporçÔes maiores. Sempre fui representante de turma e tive facilidade de falar com todas as pessoas da Constance High, fora as milhÔes de atividades extracurriculares que minha mãe sempre me inscreveu, juntou tudo isso com a amizade que meu pai tem com um professor universitårio e pronto, tenho meu lugar reservado na Duke. Parece tudo simples quando eu falo, mas na real eu gostaria de decidir meu rumo, sinto que se eu entrar na Duke estaria roubando o lugar de alguém que realmente queira estar lå.

Depois do treino cheguei novamente em casa pendurando minha chave no porta-chaves e chamei por minha cachorrinha, a Maggie, a esta hora ela era o Ășnico ser vivo por lĂĄ. NĂŁo demorou muito e a minha Golden gigantesca estava cheirando meus pĂ©s e abanando o rabo me dando boas vindas.
— Oi meu amor, estĂĄ com fome? Vem, corrida atĂ© a cozinha. — Me afastei dela indo atĂ© o final do corredor onde a cozinha ficava, abri um dos armĂĄrios debaixo e peguei sua ração para repor no pote. Esses pequenos momentos tranquilos Ă© que me faziam seguir em frente com tudo aquilo sobre minhas costas. ApĂłs tomar um banho e dar uma organizada no meu quarto meus pais chegam do escritĂłrio da empresa de colchĂ”es que os dois tinham fundado juntos, a Feathers ColchĂ”es, e como sempre, o assunto era o mesmo, reclamaçÔes dos funcionĂĄrios.

Antes de descer as escadas escutei um breve papo entre eles.
— Não acredito que a Melinda ainda não preencheu a papelada que eu enviei semana passada, sabe, eu acho que ela deve estar querendo sair da empresa mas não sabe como. — Minha mãe, sempre tão doce.
— Ah Pen, vocĂȘ sabe que ela nunca oi tĂŁo competente, devĂ­amos ter deixado ela na antiga função, menos responsabilidade. — Respondeu meu pai, tĂŁo meigo quanto. Resolvi fazer companhia a Maggie e tambĂ©m me juntei aos dois.
— Oi pai, oi mãe, nossa, Maggie, faz tempo que não te levo pra passear, o que acha de irmos dar uma volta, querida?
— Enquanto eu me abaixei em frente a Maggie e ela lambeu meu rosto em sinal de afirmação ao convite observei de canto meus pais sorrindo e olhando pra mim.
— Essa Ă© a nossa menina de ouro, meu orgulho. — Sr. Howard sabe ser fofo.
— Filha, vá, mas não demore, vamos pedir pizza para o jantar. — Alertou mamãe enquanto eu sorria para meu pai e me distanciava pegando a guia da coleira de Maggie.
— Ok mãe, em 20 minutos no máximo estou de volta.

Assim que sai vi o início daquele lindo pÎr do sol que parecia uma pintura no céu, respirei fundo e comecei a caminhar pelo condomínio onde eu moro, logo vi meu melhor amigo e vizinho Mason se aproximando de sua casa, ele estava todo suado pois tinha treino de futebol americano às quintas, eca.
— Fala vizinha. — Sorriu abrindo os braços como quem estava prestes a me abraçar.
— Não, não, nesse estado não, bonitão. — Coloquei a mão contra seu peito o impedindo de chegar mais perto.
— Ah, qual Ă©...NĂŁo seja chata, Charlotte. — Ele sabia que eu odiava meu nome inteiro.
— NĂŁo conheço ninguĂ©m com esse nome. — O contrariei olhando pro lado.
— Charly, Charly...Eu só queria um abraço, poxa. — Mason amava se fazer de coitado.
— Não antes de um banho, vai agora, rapaz. — Apontei para a porta da casa dele quando minha mãe apareceu na janela da nossa.
— Mason, querido, vou pedir pizza daqui a pouco, venha jantar com a gente. — Ela adorava o panaca, e eu que lute pra aguentar ela puxando o saco dele.
— Claro, Sra. May, eu apareço sim. — Mason sorriu e quando minha mãe desapareceu com as cortinas ele voltou a encher meu saco.
— Olha, depois do banho quero meu abraço...Te vejo em 15.
— Piscou, sorriu de canto e correu para a varanda da sua casa. Eu fiquei parada com um sorriso bobo o vendo entrar.
— Te vejo em 15. — Falei abaixando o tom apĂłs perceber que provavelmente ele nem tinha ouvido, entĂŁo chacoalhei a cabeça e voltei a andar com a Maggie. É...Eu nĂŁo sei se deu pra perceber, mas eu talvez meio que quem sabe goste um pouquinho dele desde o 1Âș ano do ensino mĂ©dio, em minha defesa ele fica muito fofo bravo. As Ășnicas que sabem sĂŁo minhas trĂȘs melhores amigas, Nath, Luna e Piper, e elas nĂŁo conseguem entender o que me motiva a continuar com esse crush, na real acho que nem eu sei.

Quando pisquei jĂĄ tinha dado uma volta no condomĂ­nio e Maggie estava com a lĂ­ngua de fora de tanto andar, entĂŁo entramos em casa e damos de cara com Mason no sofĂĄ mexendo na minha conta da Netflix, aquele folgado.
— MÃE, TEM UM MENDIGO NO NOSSO SOFÁ. — SĂ©rio? Por que eu sou assim?
— Querida, seja mais gentil, Mason Ă© nosso convidado.
— Disse minha mãe da cozinha. Mason riu mas estava entretido bisbilhotando quais programas eu assistia.
— "Brincando com fogo"? VocĂȘ nĂŁo tem vergonha nessa cara? — Jogou uma almofada que bagunçou meu cabelo.
— "Eu nunca" Ă© pĂ©ssima, a Devi Ă© um saco...Ei, me lembrei que eu sempre falo pra vocĂȘ assistir "Cobra Kai" e vocĂȘ nunca começa, mas tem todo o tempo do mundo pra ver reality de gente se pegando, nĂ©? — Mason perguntou.
— AlĂ©m de folgado fica falando mal do que eu gosto de assistir, vĂȘ se pode? Tira essas pernas daĂ­ e vai pro lado que eu quero sentar no sofĂĄ, bobĂŁo. — Sentei ao seu lado e reparei Maggie encostada na perna dele, ela amava quando ele fazia carinho nela.

Ficamos ali brigando pelas séries até que ouvimos o barulho da campainha e em seguida o grito da minha mãe.
— O dinheiro está na mesinha da entrada, Charly. — Eu fui me levantar quando senti um braço em frente a mim.
— Deixa que eu pego. — Mason sorriu de canto e saiu do meu campo de visão para pegar nossa pizza. Ele voltou com a caixa já aberta admirando nossa comida, enquanto eu chamava meus pais pra virem pra sala.
— VocĂȘ Ă© folgado, hein garoto? — Disse meu pai em tom de brincadeira.
— AtĂ© que enfim alguĂ©m que concorda comigo. — Ergui as mĂŁos dando risada.
— Pî, Sr. May, achei que fîssemos parceiros. — Mason entrou na brincadeira.
— Já te falei pra me chamar de Ward, sem formalidades aqui. — Meu pai encostou no ombro dele e sentamos na sala para escolher o filme e comer.

Após comermos e assistirmos o clåssico "Gente Grande", eu e Mason subimos pro meu quarto pra ele pegar meus deveres e copiar, sorte a dele me ter como melhor amiga, porque eu jamais passaria pra mais alguém copiar minhas coisas.
— Valeu, te devo uma. — Disse ele segurando os papĂ©is.
— Eu que devo, vem cá. — Sorri, abri os braços esperando ele vir completar o abraço.
— AtĂ© que enfim, entĂŁo estamos quites. — Mason sussurrou.
— VocĂȘ Ă© muito insistente, sabia? — Meu sorriso se fechou e nos afastamos lentamente, mas no momento em que nossos rostos se cruzaram fixamos um no olhar do outro e ali paramos por alguns segundos, atĂ© retomarmos a consciĂȘncia.
— É...Eu vou indo, tenho que copiar isso aqui ainda antes de dormir. — Ele levantou as folhas enquanto eu olhava pra baixo com vergonha passando a mão atrás do pescoço.
— Claro, claro, Ă©, bom...Boa noite. — Sorri completamente sem graça. — AtĂ© amanhĂŁ, Charly. — Ele se despediu.

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E aĂ­, o que acharam do 1Âș capĂ­tulo? :))

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Author: Prof. Nancy Dach

Last Updated: 03/20/2023

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